UM FINAL IMPREVISTO
Hoje não resisti à tentação e roubei uma flor naquele jardim , cujo
canteiro era junto de um edifício vizinho e, que ficava no meu caminho de casa .
O porteiro na porta do edifício ,
ainda dormitava face ao calor daquela tarde de Agosto , altura esta que eu
aproveitei para roubar a flor .
Já há muito que eu a cobiçava e agora foi o momento de a ter como minha .
Trouxe-a de imediato para casa e coloquei-a num copo com água, para depois
a plantar , no próximo fim de semana, no canteiro que tinha junto à janela do
meu quarto .
Os dias passavam mas eu logo senti que ela não estava feliz. O copo
destina-se para beber, e a flor não era para ser bebida.
Sendo autor do roubo, eu assumira a obrigação de conservá-la, como vinha
fazendo. Renovava a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi mesmo pela sua
vida. Não adiantava mais restituí-la ao
jardim, de onde viera . Nem apelar para um entendido em plantas. Eu a roubara,
eu a via agora morrer.
Já bastante murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a com todos os
cuidados e fui depositá-la no jardim onde a havia retirado, uns dias antes .
Acontece que desta vez o porteiro estava atento o e repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir deitar aqui lixo de sua casa neste jardim … !
O Porteiro deve estar é a precisar de óculos😎🕶️
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