Assim e de forma ocasional e até inesperada, diga-se, os dois jovens seguiram viagem na pickup.
Ana reclinou bem o assento do banco e, por vinte minutos, pareceu cochilar. A mesma
despertou quando Fernando travou o veículo.
O rapaz levou as mãos ao zíper da calça libertando-o
o que mais parecia um balão insuflável. Antes que a jovem esboçasse alguma
reacção foi surpreendida com uma mão cerrada tapando a sua respiração, enquanto
a outra apalpava-lhe no meio das pernas, afastando-lhe as bermudas.
Quanto mais os dedos do rapaz afundavam em sua pele macia, mais desconfortável a médica se sentia. Lembrou-se do caso de Luzia e, por um instante, observando o matagal pela janela, suspeitou que por ali mesmo o seu corpo ficaria.
Sua visão já ameaçava escurecer quando desistiu
de lutar contra a maré de fungadas e espetadas daquele animal, não tinha forças
para tentar afastá-lo com arranhadelas, fez o contrário. Segurou-lhe o saco com
firmeza e começou a massageá-lo.
A ideia foi boa, Fernando retirou a mão que a
asfixiava, ensaiou um beijo seboso e procurou as palavras mais toscas para
sussurrar em seu ouvido. Agora as suas mãos dele pareciam máquinas de
mamografia.
Nesse preciso momento Ana conseguiu respirar
mais aliviada, apesar das pontadas no estômago que só se expandiam.
Aproveitou então agora para encenar a sua voz mais sexy e fazer uma proposta, aquela que
seria a última cartada para salvar a sua vida … !
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