Há dias dei comigo a pensar... que nada justifica tirar a vida a
uma pessoa... seja qual for o motivo que leve a essa tomada de decisão, a essa
loucura... tirar a vida a uma pessoa é o crime mais hediondo que possa existir
e, por vezes, após uma pequena discussão! Hoje, em dia, vivendo a minha
aposentação tranquila, quando ligo a TV, em determinado canal, os assassínios
diários entram-me pela casa adentro e tão horripilantes que o são e quase
sempre sucedem por uma situação absurda e por isso eu sou de opinião que estas
notícias despertam outros possíveis crimes na mente das pessoas mais frágeis...
porque em altercações futuras ou em problemas pessoais, quotidianos, de maior,
na sua vida, ao lembrarem-se de determinado homicídio, visto na TV, acabam por
fazer o mesmo e, por vezes, antes da sua concretização tresloucada, até avisam,
numa espécie de ultimato -então, na agora denominada “violência doméstica” há
relatos constantes que sucederam assim... -quando eles e/ou elas
futuros/futuras homicidas, perturbados ou transtornados, costumam afirmar para
as suas vítimas: “estás-me a moer o juízo, qualquer dia faço como o/a
outro/a, na Televisão... dou-te um tiro e acabou-se!”. Sintomático.
...Mas estes crimes, estes assassínios, “por
dá cá aquela palha”... não são de agora, existiram sempre, só que nos
tempos modernos a informação e comunicação é esmagadora, diária e constante,
para quem a visualiza!
Lembro-me de uma vez, ter estado em Sesimbra, já
depois do Verão, desfrutando de umas pequenas férias, há muito, muitos anos,
quando a Vila era mais haliêutica do que turística, também ter sucedido um
assassínio entre os Pescadores da localidade, pois como Repórter de profissão
imiscuí-me no caso e como o Inspector chamado ao local, da Polícia Judiciária,
era meu conhecido acompanhei as investigações.
Um dos anciões Pescadores de Sesimbra tinha sido
baleado no peito, o sangue era abundante e de modo confrangedor, no último
suspiro, a vítima agarrou, com ambas as mãos, um molho de pequenos aparelhos de
pesca que eram usados para apanhar polvos e chocos! A cena visível, após o
assassínio, era bastante triste e viam-se as mãos crispadas do morto, com cara
barbuda, de tanto agarrar, com sofreguidão, os pequenos aparelhos de pesca,
seus favoritos, estarem feridas, ensanguentadas, devido às perfurações da coroa
de anzóis salientes nas extremidades dos mesmos. O velhote assassinado, talvez
por inveja ou por uma pequena desinteligência chamava-se Alberto Flores. Uma
cápsula de pistola foi encontrada junto do corpo. A ferida mortal foi causada,
toda-a-gente soube, por um tiro à queima-roupa!
O Inspector da Judiciária, após várias investigações
conseguiu reunir três outros Pescadores, suspeitos por terem acesas
controvérsias com o Alberto Flores, nos últimos tempos, “coisas” da
labuta do mar, uma vez que todos ganhavam a vida com a mesma Arte de Pesca,
para prestarem depoimentos, duas horas depois e logo numa sala improvisada do
Posto local da GNR da Vila foram feitos exames de resíduos de “pólvora” às
mãos dos interrogados! Sim, naquela época ainda se designavam assim, “resíduos
de pólvora” porquanto nos tempos modernos as armas de fogo
não usam, como era tradição, a pólvora negra que era feita com carvão, enxofre
e salitre para se efectuar os disparos das balas. As armas modernas utilizam
outras substâncias químicas designadas como “propelentes” dos
seus projécteis. Actualmente diz-se de modo mais correcto que se trata de “identificação
de resíduos de disparos de armas de fogo” em substituição dos testes
de “resíduos de pólvora”.
...Um dos suspeitos, um dos irmãos Figueira, ambos
usavam, sempre, fizesse calor ou frio, estivessem em terra ou na faina
marítima, umas grossas e bem confortáveis luvas negras, até gracejou, no
momento do teste, proferindo: “-A mim e ao meu irmão, estes testes são desnecessários...
pois andamos sempre com luvas e por isso não vão encontrar resíduos de pólvora
nas nossas mãos!” -E olhou de soslaio para o mano e os dois sorriram
matreiramente. Ernesto desconhecia que os chamados “resíduos de
pólvora” também eram (são) detectados... nas roupas de quem,
realmente, realizou recentemente um disparo com arma de fogo!
Ernesto Figueira e Ermelindo Figueira não eram gémeos,
homens mais novos, em comparação com o ancião Alberto, corroboraram todas as
afirmações e procedimentos um do outro, afirmando que discutiam muito com o
“velho Flores” porque ele, no mar, queria sempre os melhores lugares de pesca
para ele e não podia ser... tinham de alternar!
O outro suspeito, Fernando Piteira, de idade
semelhante à da vítima, também com barba farta, branca, declarou que não era
inimigo do Alberto, nem lhe desejava a morte e que as quezílias entre ambos não
passavam de assuntos relacionados com os iguais aparelhos de pesca que ambos
possuíam e utilizavam, pois se ele, Fernando, pescava com 5, 6 ou 10 anzóis, o
Flores ia logo imitá-lo... parecia um “macaquinho de imitação”,
referiu o Fernando. Afirmou também que o Alberto Flores comprara recentemente
uma aiola, para a pesca, por um preço mais elevado, que lhe estava destinada a
si, por um valor mais baixo, mas esse assunto já estava ultrapassado.
! ? ! ? ! ?
Tratou-se de um caso fácil, pois, os testes de “resíduos
de pólvora” efectuados às mãos de um dos suspeitos... revelou que ele
era o assassino. E tudo se desvendou. O assassino confessou.
* * * * * * * *
E o caro leitor? O que se lhe oferece dizer sobre este
relembrado caso policial!? Analise bem o texto e envie a sua bem
elaborada “proposta de solução”. Saudações Policiárias.
| ENDEREÇOS E PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS |
As respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 28 de fevereiro de 2025 , através dos seguintes exemplos :
a -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Luís Rodrigues.
b -
Por emails, correio
electrónico, de Luís Rodrigues:
c -
Por Mão Própria, directamente e pessoalmente a "O Gráfico",
em qualquer lugar!
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel Felizardo Rodrigues
Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA
Na produção também há um prémio para o 6.º Lugar – LIVRO – Oferta de Salvador Santos.
Na produção também há um prémio para o 6.º Lugar – LIVRO – Oferta de Salvador Santos.
ResponderEliminar